Você é minha mulher. Minha esposa.
Pamela
Eu estava deitada de costas, o rosto enterrado no travesseiro, tentando controlar a respiração, mas as lágrimas teimavam em escapar. A raiva ainda queimava dentro de mim, mas agora misturada com tristeza. Eu odiava brigar com Caleb. Odiava mais ainda sentir esse nó no peito que parecia não desfazer nunca.
Eu me virei de lado, cruzando os braços sobre o peito, como se assim pudesse me proteger de tudo. Dele, de mim mesma, dos meus pensamentos que não paravam. A imagem da Clarissa sorrindo, falando aquilo, me assombrava sem parar. E as palavras dele, dizendo que eu estava exagerando, ainda ecoavam.
Ouvi a porta do quarto se abrir devagar. Passos firmes, conhecidos. O colchão afundou atrás de mim e logo senti o calor do corpo dele. Caleb deitou-se colado às minhas costas, envolvendo-me com os braços.
— Pamela… — a voz dele era baixa, quase um sussurro. — Eu não suporto te ver assim.
Fiquei rígida. Meu corpo queria ceder, mas minha cabeça gritava para eu continuar com os braços cru