— Pamela? — chamei baixo, com medo de assustar. 
Caleb
O sol mal tinha nascido quando eu percebi que algo estava diferente.
O quarto estava silencioso, como sempre, mas… havia um som novo.
Um som suave, leve.
Um suspiro.
Virei devagar, sem fazer barulho, e vi os dedos dela se mexendo.
Meu coração disparou.
Por um instante, achei que estava imaginando — que era só mais uma das minhas alucinações de cansaço.
Mas então ela mexeu a cabeça.
E quando os olhos dela se abriram, mesmo fracos, eu juro… parecia que o mundo inteiro tinha voltado a funcionar.
— Pamela? — chamei baixo, com medo de assustar.
Ela piscou devagar, a voz saindo rouca, fraca, quase um sussurro:
— Caleb…?
Foi como se alguém tivesse me dado oxigênio depois de horas sem ar.
Senti o peito se abrir, os olhos encheram de lágrimas, e eu ri.
Um riso meio chorado, meio aliviado, meio desesperado.
— Amor, graças a Deus! — falei, me aproximando dela. — Você tá acordada… meu Deus, você tá acordada.
Ela tentou sorrir, mas o rosto ainda estava pesado.
— Que aconteceu…? — murmurou. —