Acorde Pamela

Caleb

Assim que as enfermeiras entraram empurrando a maca com a Pamela, meu coração simplesmente parou.

Ela estava ali.

Meu Deus, ela estava ali.

Mas não do jeito que eu queria ver.

Pálida.

Tão fraca que parecia feita de vidro.

Os fios, as sondas, o som do monitor medindo cada batida do coração dela — tudo aquilo me destruiu.

Fiquei parado, completamente sem reação. As pernas tremiam, e por um momento achei que eu fosse cair.

A enfermeira me olhou e falou baixinho:

— Ela está bem, senhor. Está reagindo.

Reagindo.

Essa palavra parecia tão pequena pra tudo que eu sentia.

Me aproximei devagar, sem fazer barulho.

O rosto dela estava sereno, mas cheio de hematomas pequenos, os lábios secos.

Peguei a cadeira e puxei pro lado da cama. Sentei, sem dizer nada, só observando cada detalhe do rosto dela.

“Você conseguiu, amor”, pensei, com um nó na garganta.

Mas, ao mesmo tempo, o peito ardia com um medo tão grande que parecia me sufocar.

Ela estava viva, mas parecia tão distante.

Coloquei a mão
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