Pamela
Acordei com uma sensação estranha no estômago. Sabe aquela náusea que começa leve e de repente te dá um soco por dentro? Foi assim. Nem deu tempo de pensar muito. Saí da cama correndo, pé descalço arrastando no chão gelado, e fui direto pro banheiro.
Me ajoelhei diante da privada e vomitei como se tivesse engolido o mundo inteiro na noite passada. Argh. A cabeça latejava, os olhos ardiam, e a cada ânsia parecia que minhas entranhas iam virar do avesso.
— Pamela! — ouvi a voz de Caleb, ainda meio rouca de sono, vindo do quarto. — O que aconteceu?
Não deu tempo de responder. Mais uma onda de enjoo subiu e me fez segurar firme na porcelana fria. O gosto amargo queimava minha garganta. Que inferno.
Ele apareceu na porta em segundos, com aquela expressão que misturava pânico e fúria, como se alguém tivesse ousado me atacar. Só que o inimigo, no caso, era o meu próprio corpo.
— Amor, o que foi isso? — Ele se abaixou, segurando meu cabelo para trás. A mão quente dele contrastava com o