PAMELA
Já fazia uma semana que eu tava em casa, tentando descansar depois daquela queda idiota na piscina. O médico disse que tava tudo bem, mas eu ainda me sentia meio tensa, com medo de qualquer coisa dar errado. Eu evitava me abaixar, evitava levantar sozinha, evitava até respirar fundo demais.
Caleb me tratava como se eu fosse feita de vidro. E por mais que às vezes isso me irritasse, eu também gostava. Ele não desgrudava de mim, dormia de conchinha, fazia massagem nos meus pés, enchia minha água, cuidava de tudo.
Mas naquela noite, eu acordei com um desconforto esquisito. Não era dor, era mais um peso no baixo ventre, como se alguma coisa estivesse empurrando por dentro. Olhei o relógio — três e quarenta e dois da manhã.
Suspirei e virei de lado, tentando achar uma posição melhor, mas o incômodo aumentou.
De repente, uma dor forte atravessou minha barriga. Uma dor quente, profunda, que me fez arquear o corpo.
— Ai… — murmurei, apertando o lençol com força.
Tentei respirar, achei