Quando o garçom voltou e disse que a investidora tinha chegado, eu me levantei, ajeitei o paletó e tentei colocar meu melhor rosto profissional.
Mas, quando virei em direção à entrada do restaurante… quase esqueci como se respirava.
Clarissa.
Ela estava parada ali, vestida de um jeito elegante, o cabelo solto, sorriso calculado.
— Boa noite, senhor Belmont — disse, com uma leve inclinação de cabeça e aquele tom de voz doce que eu já conhecia bem.
Eu levei alguns segundos pra responder.
— Clarissa? — saiu antes mesmo de eu conseguir disfarçar o espanto. — O que diabos você tá fazendo aqui?
Ela deu um sorrisinho rápido, daqueles que provocam só pra ver a reação.
— Vim falar de negócios, claro. — Ela se aproximou, com passos lentos e seguros. — Acredito que o RH te avisou que a investidora interessada na parceria era eu.
Sentei, ainda meio sem acreditar.
— Ninguém mencionou seu nome.
— Que falta de comunicação terrível, não acha? — ela disse, se sentando à minha frente, com uma naturalid