Alertado por um guarda de Sanmarino – um dos fieis a memória de Queiroz e a viúva -, Tarcísio se escondeu durante todo o tempo em que a policia ficou rondando Recanto Dourado. Com a partida dos guardas, correu em busca do auxílio de Kassandra.
Sempre elegante e aparentemente calma, Kassandra o ouviu narrar o pedido de Adriano, sua participação nos planos de Dalila e a informação que alguém da fazenda o entregou. O olhar desdenhoso se intercalava entre ele e o retrato de seu falecido marido na parede ao fundo.
— Preciso de ajuda, patroa.
— Não posso fazer nada — soltou recostando-se em sua poltrona. — Com a morte do Queiroz e a chegada desse juiz insuportável estou de mãos atadas. Estão me investigando e, óbvio, a você também. Foi burro em se envolver na vingancinha de Dalila.
— Foi à ordem do seu filho.
— Adriano mandou que ficasse a cargo e Dalila, não mandou sequestrar Joana. Isso não é um crime. — Kassandra cruzou os braços, a expressão inabalável e determinada a proteger seus inte