POV: Aslin Ventura
Corri até que minhas pernas já não responderam mais. Apoiei-me na parede de um comércio fechado, tremendo, ofegante como se tivesse ficado debaixo d’água tempo demais. As luzes da rua piscavam, e embora houvesse carros passando, eu não conseguia pensar com clareza.
Só queria um táxi. Algo que me tirasse dali. Longe. Muito longe.
Mas então coloquei a mão no bolso da calça. Nada. Nem um centavo. Nem meu celular. Nada.
Senti-me vazia.
Como iria fugir se não tinha dinheiro? Para onde eu iria? Quem iria me ajudar?
Olhei desesperada para os dois lados da rua. As luzes do hospital ainda estavam lá, brilhando ao longe como um lembrete de que eu não tinha escapado de verdade. Meu coração batia com força, como se quisesse saltar do peito.
E então eu os vi.
Um carro preto saiu pela frente do hospital. Depois outro. Homens vestidos de preto. Eram de Alexander. Eu sabia. Eu sentia.
Eles estavam me procurando.
Meu corpo reagiu antes da minha mente. Corri para uma calçada lateral,