POV: Jessica Bonilla
Eu estava no meu quarto, sozinha, como sempre. O veneno queimava na minha garganta. Andava de um lado para o outro como uma fera enjaulada, jogando objetos no chão, amaldiçoando repetidas vezes o nome que mais odeio neste mundo:
— Aslin! Que você apodreça com essa sua sorte maldita!
Desferi um soco no espelho, sem me importar com os estilhaços voando. Eu já não sentia dor. Só sentia raiva. Um fogo que me consumia por dentro.
Como ela ousava?
Como aquela mulher patética, fraca e chorona podia ter justamente o que eu mais desejava?
O filho do Alexander?
O homem que eu amo há anos?
Fechei os olhos... e a lembrança me atingiu como um punhal enferrujado cravado no peito.
— Alex... —eu disse uma vez, tremendo de emoção, com um sorriso pintado no rosto —. Estou grávida. Você vai ser pai...
Achei que ele fosse me abraçar. Que me beijaria. Que finalmente me amaria.
Mas ele nem me olhou.
Nem sorriu.
Nem disse uma palavra.
Apenas se levantou da poltrona com uma expressão de