A viagem no carro continuava, e cada segundo se alongava como se o tempo tivesse parado. O som dos soluços das crianças ecoava dentro do veículo, uma mistura de medo, incerteza e tristeza que preenchia cada canto. Aslin as abraçava com a força que seu corpo ainda permitia, sem saber como acalmá-las... ou como acalmar a si mesma.
A estrada por onde passavam era solitária e escura. As luzes à beira do caminho piscavam à distância, mas não ofereciam nenhum consolo. A propriedade de Alexander era ainda mais isolada, mais desolada, como se ele quisesse se afastar do mundo e cercar-se apenas daqueles que podia controlar. Quando finalmente chegaram, o carro parou com uma freada brusca que fez as crianças se sobressaltarem ainda mais.
Alexander não fez nenhum gesto. Apenas desceu do veículo e deu algumas ordens a seus homens, que já os esperavam na entrada. Aslin, sem forças para resistir, saiu do carro com os filhos nos braços. Cada um deles ainda chorava, chamando pelo pai, com a esperança