Samanta narrando
Eu olho para o tumulo rosa, cheio de corações e até ursinhos de gesso espalhado pelo tumulo, de longe era o tumulo mais arrumado e infantil daquele cemitério, dentro de mim uma dor enorme grita, porque tudo que eu queria era ter o quartinhod ela arrumado dessa forma e ela brincando, e não o resto que sobrou dela dentro de um caixão enterrado em um tumulo.
A minha vontade era de quebrar ele inteiro e apenas acordar desse pesadelo ou abrir o caixão e ver ela gritando por mim e sentir pela primeira vez o seu abraço ou ver seu rostinho, a única coisa que eu tinha era as suas fotos e nada mais.
— O dna? – eu pergunto para ele – eu sei que você fez para saber se realmente era.
— Compativel com ele – ele fala
— Então é comigo também – eu respondo – dói muito.
— Eu sei – ele fala me abraçando – eu sei.
Eu sorrio para ele e o seu abraço era o meu porto seguro, o nosso pequeno mexe e ele sente a mexida, eu olho para minha barriga dando um leve sorriso, ele limpa as lagrimas que