– Cecília, eu preciso sair por alguns minutos! Exclamei tropeçando nas palavras, tentando não a assustar muito, mas estava realmente difícil no meu estado de nervosismo, e praticamente fugi sem responder suas perguntas.
Enquanto caminhávamos pelas ruas, um flashback de tudo o que aconteceu na noite em que nos drogamos juntos passou pela minha mente, lembrei-me de Alice sentada em meu colo, mas o resto era apenas um borrão negro até o momento em que machuquei o pé na mesinha algum tempo antes de presenciar o tiroteio.
Ralf agarrou o meu braço, arrastando-me rumo a uma clínica a primeira clinica que apareceu a sua frente, sequer sabíamos se era especializada em fazer exames para vírus contagiosos, ou os devidos procedimentos caso estivéssemos infectados.
Assim que entramos, fizemos as fichas para aumentar o meu desespero, não havia exames marcados para aqu
Sarah...Pensei muito sobre a vida enquanto Filipe estava internado no hospital, foram quase dois meses em coma induzido que mais pareceram uma eternidade, Karen chorava baixinho debruçada sobre seu leito todos os dias, e variadas memórias me vinham à mente sempre que a via assim, lembrei de quando eu mesma achei que perderia a vida e de alguma forma me senti mais próxima do meu afiliado, agora tínhamos isso em comum.Felizmente não havia mais risco de vida, porém, ele acabou perdendo os exames para vestibular, não havia muito o que fazer em seu caso, mas consegui convencer Cecília a fazer, ela ainda estava angustiada por causa do seu estado, mas conseguiu até uma pontuação razoável e poderia iniciar a graduação no semestre seguinte.Seu sonho de tornar-se uma detetive ainda estava em curso, mas sugerimos que tentasse estudar as duas áreas pois,
Os últimos raios solares despontavam no horizonte, lentamente, dando lugar a escuridão da noite que trazia consigo meus maiores temores. Respirei fundo enquanto minha mão empurrava a pesada porta de mogno, antiga e imponente como tudo naquela grande casa, e a vi abrindo com um rangido tão sombrio que arrepiou todos os pelos dos meus braços, aquele lugar era naturalmente assustador devido ao clima pesado em volta dele. Tranquei a porta, acendi as luzes florescentes, e caminhei lentamente pelos corredores que rangiam a cada passo incert
Gritei de puro horror e comecei a me arrastar pelo chão para longe daquela coisa, tateei o chão, procurando o maldito celular que caiu com a tela virada para baixo e mal iluminava um palmo a minha frente de onde estava caído. Todos os meus pelos se arrepiavam por causa do medo, nem se quer cogitei a ideia de aquele espectro ser fruto da minha imaginação pois, sua presença era tão densa que chegava a quase ser palpável.A silhueta sombria se aproximou, erguendo a mão longa e deformada em direção ao meu rosto, deixando-me ainda mais desesperada, não esperei seu toque e cambaleando, corri em dire&cced
Os dois dias em que fiquei internada no hospital passaram lentamente, tomando soro e dormindo a maior parte do tempo, captando algumas informações nos momentos de consciência. Acordei na manhã do terceiro dia, ainda meio grogue e bocejei, sentando na cama. Quando meus sentidos retornaram, notei que minha mãe estava de pé aparentemente me esperando acordar, em uma de suas mãos havia uma bolsa de cor acinzentada que parecia ter roupas dentro, e me fitava com anima&cce
No dia seguinte, depois de uma noite em claro repleta de dores e pesadelos com cenas do ataque, acordei com o barulho estridente do celular alarmando, tateei o criado mudo procurando-o e ao encontra-lo, esfreguei os olhos tentando enxergar o horário, ainda um tanto sonolenta. Estava confusa por causa dos medicamentos, mas ao perceber que passava das 7h, levantei-me em um salto, quase gritando de dor pelo esforço repentino em minhas costelas fraturadas.Apesar de tecnicamente ainda estar em período de repouso com atestado até a segunda-feira, depois de muito implorar aos meus pais que permitissem a minha volta as aulas, finalmente deixei um pouco o repouso e tentei retomar a minha vida dentr
Planejamos sair cedo na manhã do sábado, assim poderíamos aproveitar boa porte do dia, porém, uma série de contratempos fez com que conseguíssemos sair apenas depois do almoço e precisaríamos ficar para dormir, não perderíamos aula na segunda-feira. Fiz uma pequena mala com uma muda de roupas para o caso de uma pequena emergência, coloquei medicamentos e alguns produtos de higiene e sai do quarto, encontrando meus pais de pé na sala fitando-me com seriedade. – No máximo uma cerveja para não cortar o efeito dos remédios! Meu pai começou, sua voz engrossando em alguns tons. – A dona da pousada foi avisada sobre isso...
Depois do jantar maravilhoso que tivemos, nos reunimos ao redor da fogueira com algumas latinhas de refrigerante e começamos a contar algumas histórias de terror incentivados pelos uivos causados pelo vento. Como nenhum dos nativos da pequena ilha parecia estar por perto, logo as histórias enveredaram para um caminho mais polêmicos, falando dos antigos sacrifícios feitos em agradecimento a fertilidade do ano. – Ouvi dizer que em noites como esta, de lua cheia, os espíritos dos sacrificados podiam ser ouvidos chorando... – Mark comentava surgindo com um fato novo de repente, o que não era nenhuma novidade em vista de que já demonstrara ser um amante do terror e não era incomum vê-lo carregando algum livro do gênero.
Quando finalmente nossos pensamentos voltaram a funcionar normalmente e lembramos que estávamos praticamente no relento, deitados na área colocando em resto a recente gestante e eu, que ainda não havia me recuperado por completo, decidimos entrar na pousada que para a nossa sorte, ainda estava com as portas da entrada abertas, mas o senhor Matos que também parecia ser o segurança, nos olhava torto, então entramos quietinho e subimos para nossos quartos correspondentes. Como não estávamos com sono, tomamos um banho e ficamos alguns minutos sentadas na minha cama conversando sobre os novos planos da futura mamãe. Karen ainda parecia um tanto confusa em relação a isso, mas me explicou que começ