Um silêncio pesado caiu sobre o corredor. Lucy e Carolyn se encaravam, o ar crepitando com tensão. Cedric, entre elas, preparava-se para intervir, mas seus olhos fixaram-se na mão de Lucy, depois no rosto de Carolyn. Ele viu o medo nos olhos da irmã — não de apanhar, mas de algo maior, como se Lucy pudesse desencadear uma tempestade com sua raiva. O colar de meia-lua pulsava quente contra o peito de Lucy, como se alimentasse sua fúria.
— O que tá acontecendo aqui? — A voz do diretor cortou o ar, seu cabelo ruivo destacando-se entre os alunos que se dispersavam.
— Ela me bateu! — exclamou Carolyn, a mão no rosto, a marca vermelha visível.
— Ela ofendeu minha família! — defendeu-se Lucy, o colar vibrando.
O diretor olhou para Lucy, incrédulo, mas com um brilho estranho nos olhos.
— Vá pra minha sala, Carolyn! — ordenou, firme.
— Eu? Ela que me agrediu! — protestou Carolyn, indignada.
— Só vá! — insistiu ele, sem desviar o olhar de Lucy. — Com você, falo depois, na sua casa.
Carolyn lan