Lucy recuou, o coração disparado, enquanto as mulheres formavam uma roda na floresta. Uma delas, de vestes pretas, a pele enrugada como pergaminho, pegou sua mão. Seus olhos brilhavam com uma intensidade sobrenatural. O colar de meia-lua pulsava quente contra o peito de Lucy, como se respondesse ao toque.
— Você será uma grande bruxa, Amara. Posso sentir — disse a mulher, com um sorriso que não alcançava os olhos.
— O quê? — exclamou Lucy, puxando a mão, o pânico crescendo. Isso não é real.
— Lucy Sales! — Um grito cortou o ar, arrancando-a da visão. Ela abriu os olhos, ofegante, e viu Amara ao lado da cama, tão real que parecia feita de carne e osso. Seus olhos azuis estavam arregalados, cheios de medo.
— O que quer? — sussurrou Lucy, tremendo, o colar vibrando.
— Ele mentiu. Eu não sabia — disse Amara, a voz trêmula, como se temesse ser ouvida.
— Quem mentiu? — perguntou Lucy, levantando-se, desesperada por respostas.
— Eles estão vindo — disse Amara, olhando para trás, para o vazio