Pablo.
Saí da salinha de tortura, peguei minha moto e voltei pra casa. Entrei, joguei a chave no sofá e subi. No meu quarto, peguei todos os pertences da Melinda — inclusive o celular dela. Saí e fui até a porta do quarto ao lado, que estava trancada. Abri.
Ela estava sentada na cama, bebendo a água que mandei a Vanuza dar. Só água e pão. Assim que entrei, ela se levantou de imediato. Estava com uma camisola vermelha — a mesma de antes — e quando percebeu meu olhar correndo pelo corpo dela, se cobriu, envergonhada.
— Então, Melinda Mendonça… tu era noiva? — perguntei, me jogando na cama como se nada demais tivesse sido dito.
O susto foi instantâneo. Ela arregalou os olhos.
— Quem te disse isso? Tu tava com a Mila? O que tu fez com ela? — perguntou, aflita.
— Relaxa. Só me diz o nome dele — falei, direto.
— Não vou dizer! — ela rebateu, recuando.
Me levantei. Ela foi se afastando até bater as costas na parede. Apoiando uma mão perto da cabeça dela, levei a outra ao rosto dela, obrigand