— O que aconteceu, Lina? — Tábata perguntou calma, afastando-se de Guilherme, que evitava Lean puxar e babar mais fios de seu cabelo.
Paulina hesitou, mas acabou desabafando:
— Estraguei tudo com o Simon.
— Amiga, me responde com sinceridade: Você o ama?
— Sim, mais do que podia imaginar... — A voz dela quebrou em soluços. — Mas não sei como ele se sente a meu respeito.
— Oh, querida, esse homem é caidinho por você — disse para tranquilizar a amiga, recordando todas as vezes que os viu juntos. — Se ele ainda não disse que te ama, talvez Guilherme tenha razão e ele seja um boçal.
— Boçal é elogio! — Guilherme resmungou, afastar as mãozinhas da bebê, que agora tentava apertar seu nariz.
Tábata lançou um olhar reprovador ao namorado, afirmando após abaixar um pouco o aparelho:
— Ainda acho que está errado e exagerando. — Logo voltou a se concentrar no telefonema. — Conselho de uma pessoa que quase perdeu o homem que ama: Procure o Simon e arranque dele a resposta para sua dúvida.
—