A casa dos Braga, em uma rua tranquila de uma cidadezinha do interior, era simples, mas bem cuidada. As paredes externas exibiam uma pintura amarela desbotada, e vasos de flores enfeitavam a varanda. Simone parou o carro luxuoso em frente ao portão baixo e metálico, observando a simplicidade ao seu redor com desdém.
— Vai ser rápido, espero. — Ajustou os óculos escuros no rosto e saiu do veículo, equilibrando-se sobre seus saltos altos, deslocados naquele cenário modesto.
Apertou a campainha e esperou, os dedos tamborilando impacientes contra a alça da bolsa de couro. Após alguns segundos, a porta se abriu, revelando uma mulher simples.
— Boa tarde. Em que posso ajudá-la? — perguntou inclinando-se levemente para frente, como se tentasse decifrar a presença daquela mulher tão elegante em sua porta.
— Boa tarde. — Simone forçou um sorriso, estendendo a mão de forma educada, mas contida. — Sou Simone Muller. Preciso falar com Mateus Braga. Ele está?
A mulher apertou a mão de Simone c