— Não acredito que essa mulher conseguiu tirar a minha paciência hoje... — murmurou Alerrandro, caminhando com passos firmes pelos corredores da empresa. — Como se não bastasse o Sr. Marcus me encher o saco com esse contrato...
O som de seus sapatos ecoava pelo piso de mármore enquanto ele se dirigia ao banheiro masculino. Ao entrar, o ambiente frio e silencioso o envolveu. Lavou as mãos com o sabão líquido sobre a pia, esfregando com força como se quisesse limpar não apenas a sujeira, mas também a tensão acumulada. Depois, aproximou-se do espelho e encarou sua imagem refletida, a gola da camisa manchada de vermelho e o pescoço ainda melado.
Com um suspiro irritado, retirou um pequeno pano do bolso, molhou e passou com precisão sobre a pele. O toque era firme, quase impaciente.
— Merda... — resmungou, jogando o pano no chão com força contida. — Impossível limpar isso. Parece que ela fez de propósito... essa cor avermelhada...
Nesse momento, a porta se abriu. Roberto entrou com passos