O sol da manhã entrava lentamente pelas frestas das cortinas, iluminando o quarto com uma luz suave e dourada. Sérgio abriu os olhos antes de Abigail, sentindo o peso de poucas horas de sono nos ombros. Cada movimento parecia exigir um esforço maior, mas ele não se importava — ter ficado ao lado dela na noite anterior valera qualquer cansaço.
Abigail despertou lentamente, os olhos ainda semicerrados, e um leve sorriso se formou nos lábios ao perceber que Sérgio estava ali, sentado ao lado da cama, com o olhar fixo nela.
— Bom dia… — murmurou Abigail, a voz ainda embargada pelo sono. — Obrigada por ter ficado comigo.
Sérgio sorriu suavemente, apertando a mão dela com delicadeza.
— Não precisa agradecer… Eu queria estar aqui. — A voz dele era firme, mas carregava ternura, e por um instante o mundo inteiro parecia resumido àquele quarto.
Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, ouvindo o som das próprias respirações e o farfalhar das folhas das árvores que balançavam do lado de fo