Os dias seguintes foram suaves como brisa morna depois da tempestade. O retorno de Abigail ao escritório não causou a comoção que muitos esperavam. Havia olhares, sim. Alguns sorrisos disfarçados, outros mais francos. Mas o ambiente parecia aos poucos aceitar — ou se render — à presença dela ali.
E, acima de tudo, havia Sérgio. Atento, respeitoso, mas não indiferente.
Desde o primeiro dia de volta, ele passou a tratá-la com uma gentileza silenciosa. Jamais a expunha. Incluía seu nome nas reuniões como quem a reconhece. E toda vez que alguém se referia a ela com certa desconfiança, bastava um olhar dele para que a conversa morresse ali mesmo.
Naquele dia Abigail não teve aula na faculdade, então decidiu ir trabalhar no escritório o dia todo.
Durante a manhã, sentaram-se juntos em uma mesa de vidro para revisar um contrato. Abigail anotava pontos no papel, enquanto ele digitava no notebook.
— A cláusula sete ainda está com a redação antiga — ela disse, virando-se um pouco para ele. — Qu