— Senta e fecha a camisa. — Sérgio sussurrou, a voz mais tensa do que pretendia. Seus olhos fugiam dos de Abigail enquanto ela obedecia. Ele se afastou e, forçando uma falsa calma, gritou em direção à porta: — Pode entrar.
Marcos entrou, os olhos estreitos, e imediatamente sentiu a tensão pairando no ar. Seus olhos percorreram o ambiente e pousaram por fim em Abigail, que ainda parecia desconfortável na cadeira.
— Desde quando você não reconhece quando sou eu batendo na porta? — perguntou, desconfiado.
— Eu estava ocupado, não prestei atenção — Sérgio respondeu, já atrás da mesa, apertando o último botão da camisa como se estivesse abafando algo mais do que só o calor da situação.
— Está tudo bem por aqui, Abigail? — Marcos perguntou, desta vez direcionando o olhar atento à filha.
— Claro que está. — Sérgio respondeu antes que ela pudesse abrir a boca, sua voz seca e cortante.
— Sérgio, me desculpa, mas perguntei para a minha filha. — Marcos disse, virando-se com firmeza para ela.
— Es