Pela manhã, depois que Abigail acordou, decidiram que seria melhor Luiza conversar com ela. Talvez, com uma mulher e uma abordagem mais suave, a situação fosse menos traumática. Levaram tempo. Mas Luiza, com paciência e carinho, conseguiu convencê-la a conversar com uma policial. As três permaneceram no quarto por mais de uma hora.
— E então? — Marcos perguntou assim que a policial saiu.
— Foi bom. Com o depoimento dela, o do seu motorista, as gravações do escritório e os exames médicos, já podemos pedir a prisão. Se o juiz autorizar, prendemos ele ainda hoje.
— Perfeito — Marcos respondeu — Se for preciso, temos um detetive particular para encontrá-lo.
— Não vai ser necessário — Sérgio interrompeu — Acabei de falar com a Ana e ele apareceu para trabalhar.
— Mas que desgraçado! — Marcos murmurou, irritado — Vou até lá agora e arrasto ele à força do meu escritório.
— Na verdade, é melhor que ele pense que está tudo bem — a policial alertou — Se ele desconfiar de algo, pode fugir. E, por