Na manhĂŁ seguinte ao uivo da VigĂlia Lunar, uma estranha quietude pairava sobre a floresta. Os ventos, antes cĂĄlidos, agora carregavam um toque Ășmido, quase como um aviso. PĂĄssaros se recolheram. As ĂĄrvores antigas curvavam seus galhos, nĂŁo como em saudação, mas em receio.
Selin dormia, mas sua presença era sentida alĂ©m do corpo â sua energia parecia ecoar pelas fendas da terra, acordando o que estava enterrado. Pequenas rachaduras surgiram nos cĂrculos de proteção que circundavam a aldeia. As plantas dançavam sem vento. E no lago negro, a superfĂcie ondulava mesmo sob cĂ©u parado.
Myra estava entre as primeiras a notar.
â Ela nĂŁo sonha apenas... Ela respira dentro da terra agora.
Kael, ao ouvir isso, se aproximou da clareira central com passos silenciosos. Observou Selin de longe, envolta ainda no relicĂĄrio prateado, com o peito subindo e descendo lentamente. NĂŁo havia medo em seu olhar, mas um reconhecimento silencioso de que tudo estava mudando â e depressa.
â O nascimento dela nĂŁo