O brilho que explodira do ventre de Lysandra ainda pulsava nos olhos de todos que presenciaram o fenômeno. A poeira lentamente se assentava sobre a clareira ancestral de Ruyn Vahal, mas o impacto daquela revelação seguia reverberando como um eco eterno. A filha da noite escolhera viver. E, com isso, selara não apenas um destino, mas despertara forças há muito esquecidas.
— Ela está... consciente — murmurou Kael, de joelhos. — Isso não é comum. Nem mesmo entre os Filhos da Noite. Essa criança... ela não é apenas uma ponte. Ela é um novo vértice.
Aric segurava Lysandra nos braços. Ela estava exausta, os olhos ainda brilhando como se tivessem fitado diretamente o coração da lua. A marca prateada em seu ventre agora era visível a olho nu — uma meia-lua cercada por runas vivas, que pulsavam com o ritmo do seu coração... e o da criança dentro dela.
— Ela falou comigo — sussurrou Lysandra. — Não com palavras. Com memórias. Ela me mostrou campos que ainda não existem, lobos que ainda não nasc