— Posso entrar? — Perguntei antes, não querendo impor minha presença.
Ela olhou para os lados, vigilante, e depois disse, suspirando:
— Entre. Eu não deveria falar com você, mas não consigo. — Sorriu.
Sentei na cama dela. O quarto era simples, mas aconchegante, diferente do resto da casa. E eu entendia o motivo. É que ali havia vida. Vida que emanava dela.
— Sinto muito se lhe causei problemas — desculpei-me — Me parece que Zadock tem câmeras e microfones pela casa inteira.
— Se é pela casa inteira eu não tenho certeza — ela fez careta — mas em boa parte dela, sim.
— Isto significa que eu não tenho privacidade alguma aqui.
— Acho que... não mesmo. — ela riu.
— Estou casada... oficialmente. — mostrei o colar no meu pescoço, certa de que ela tinha visto assim q