Amanza (II)

O encarei, de forma desafiadora. Aqueles olhos azuis nos meus faziam meu estômago se contorcer e um frio percorrer a minha espinha. E Deus, como eu odiava aquela sensação.

Bebi o restante da champagne da minha taça de uma vez, fazendo careta quando acabou. Eu detestava bebidas amargas. E aquela era extremamente amarga.

— Você também tem segredos sujos com ela? — Amanza não se deu por vencida. — Ele já te levou para a adega? — Sorriu. — E não me refiro a escolher vinhos, claro!

Quase me afetei. Não fosse meu olhar encontrar o de Caio Harlow e eu lembrar o que exatamente estava fazendo ali. Eu fui a isca. A isca que deu errado. Minha mãe estava na cadeia, Leonel em coma e eu uma prisioneira que usava uma coleira com o nome do seu dono. Toquei aquela joia e falei, num tom calmo, me apropriando da parte que eu mesma disse sobre uma Derringer ser boa para ataques

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