As luzes reduziram. O telão desceu como um veredito.
Primeiro, a Harlow Defense, com seus drones reimaginados por publicitários, takes de chão de fábrica cheios de fumaça bonita, closes de Caio apertando mãos, com um sorriso de vendedor de milagre. “Segurança, tradição, família”, aquela era sua marca. Propaganda que tentava vender caráter com filtro e trilha sonora inspiradora.
Depois, a vez da Asheton Armaments. E não precisava olhar para saber cada detalhe, mas olhei. A linha de produção era limpa como uma sala cirúrgica, os robôs com tolerância de décimos de milímetro, os stands de testes em atmosfera controlada, a prova balística registrada com câmeras de alta velocidade. Um take meu, em silêncio, desmontando um protótipo com as mãos, sem narração me explicando. A tecnologia falava por si. Eficiência não precisava de adjetivo.
O salão reagiu, como sempre reage, quando o instinto reconhece o vencedor: murmúrios curtos, olhares que se cruzaram, gente que bebia sem perceber. A superi