capítulo 31 – estamos quase no fim? ainda.
O palácio de Durang respirava um silêncio carregado naquela manhã, como se os próprios muros esperassem algo acontecer. Eliara atravessava os corredores com passos contidos, a prova escondida sob a dobra mais profunda de sua saia. Aquilo não era apenas um pedaço de papel, ou um objeto qualquer — era a chave que poderia derrubar a fachada perfeita de Tatya.
O peso daquele segredo a mantinha atenta a cada som, a cada sombra.
E, no entanto, no meio desse jogo sufocante, havia pontos de luz.
No corredor norte, junto a uma das colunas, Sulla estava arrumando um vaso. O gesto parecia banal, mas ao perceber Eliara, a mais velha ergueu os olhos e a encarou por um instante. Não houve palavras, apenas um breve inclinar de cabeça.
O gesto foi o suficiente para aquecer algo no peito de Eliara.
Um relance do passado voltou como um raio: a carroça, os portões de Durang, o olhar firme de Sulla, aquela que havia lhe estendido a mão quando ela havia chegado, aquela que lhe deu o conselho que ela jamai