Minhas palavras ficaram no ar e eu observei a expressão do príncipe, ele não queria concordar comigo. Ele não desejava admitir que seu coração sofria pelo servo Jonathan que estava sendo punido em seu lugar.
O macho olhou nos meus olhos, seus olhos afiados e disse:
— Mary, deixe-me sozinho.
Sua voz era firme, e eu deveria sair sem protestar, afinal, como ele se sentia não era problema meu. Contudo, quando olhei novamente para Darius se recostando na banheira, inclinando sua cabeça para trás, senti uma onda de tristeza envolvê-lo. Ele parecia estar se afundando em um poço, sendo engolido pela escuridão.
— Darius? — eu o chamei e o príncipe abriu os olhos.
Seu olhar de cornalina me encarando.
— Ainda está aqui? Eu quero ficar sozinho. — Repetiu, dessa vez irritado.
Eu havia tocado em um ponto sensível dele, é claro. O poderoso dragão impiedoso estava sofrendo pelo seu criado, claramente ele não queria que eu visse isso.
Respirei fundo.
— Tudo bem mostrar empatia. Servo ou não,