Narrado por Giovani Ferreti:
Os vasos de lírios brancos estavam sendo alinhados na entrada principal quando subi as escadas externas da mansão.
Observei os homens decorando as colunas com tecidos dourados, o chão sendo lavado com produtos que cheiravam a lavanda e limpeza forçada.
Tudo parecia esplêndido.
Tudo parecia encenação.
Um baile para a cidade ver.
Uma máscara para esconder a guerra iminente.
Na minha casa… nada era tão bonito assim.
A decoração seguia luxuosa. O piso polido refletia os lustres de cristal como em um palácio.
Mas o que realmente me chamou atenção não foram os castiçais caros, nem as flores raras, nem o palácio que parecia renascer das cinzas.
Foi minha mãe.
Irina Ferreti andava de um lado para o outro, conversando baixinho com criadas, saindo da mansão sem explicar nada, retornando horas depois, como se não houvesse perguntas a responder.
Notei sua expressão — contida demais.
Nem mesmo na morte de Luca ela demonstrou tamanha pressa nos passos.
E havia algo nos