Narrado por Giovani Ferreti:
Assim que a palhaçada das dinâmicas terminou, fui puxado direto para o escritório. Nem consegui me despedir direito dos vinte e oito padrinhos — vinte e oito, sim, uma aberração numérica, um teatro desnecessário. Mas no fundo, era conveniente. Quanto mais testemunhas, menos espaço para dúvidas. Menos chance de alguém tentar apagar o que vamos selar.
Scarllet e Irina ficaram com os convidados. A sombra e o comando, em suas posições habituais. Sabiam manipular com sorrisos, com abraços e falsas gentilezas. Mas eu não nasci pra ser manipulado.
No escritório, o joalheiro já me aguardava, como um bom súdito diante do seu rei. Estendi a mão sem cerimônias. Ele entendeu o recado, abriu a caixa devagar, respeitoso. E ali estavam.
As alianças.
Feitas sob medida. A minha, com uma esmeralda central lapidada à mão, cercada por diamantes que refletiam a luz com arrogância. A dela, com meu nome gravado em ouro, cravejado em pedras menores. Detalhes. Só detalhes... mas d