O segundo casamento.
Hassan
—Allah! Meu filho me apunhalou pelas costas.
—Baba, não diga isso, por favor. Não foi algo que planejei. Eu me apaixonei e me casei. Foi isso que ocorreu.
Meu pai me olha com sangue nos olhos:
—Isso é traição Hassan. Não ameniza o que você fez.
—Se eu lhe contasse o meu desejo de me casar com uma estrangeira, o senhor aprovaria?
—Não! —ele esbraveja. —Nunca na história dos Sheiks de Sunar houve miscigenação. Como eu aprovaria algo que vai contra os costumes? Nossas tradições? Você sabe muito bem que a mescla não é bem-vinda. Ela é vista como ameaça.
—Eis aí sua resposta. Isso explica a minha atitude.
Meu pai solta um palavrão, isso demonstra o quanto ele está nervoso.
—Você será o futuro sheik de Sunar. Todos os olhos estão postados em você. Sua atitude nos colocou na mira dos insatisfeitos! É isso que você fez! Seu futuro reinado será alvo das más línguas e está ameaçado.
Eu solto o ar me sentindo amargurado, mas continuo o encarando com o olhar firme, determinado:
—Eu entendo