Leve-a Hassan e fique com ela.
Anna
A sala de espera parece um lugar de tortura chinesa. O tempo passa lento e doloroso. As luzes fortes incomodam meus olhos. O olhar meigo, preocupado de Hassan o tempo todo dirigido a mim, seu braço forte envolvendo meu corpo tentam aplacar a todo custo aplacar minha dor, mas em vão, pois minha agonia é muito grande. Enquanto eu não tiver notícias do meu pai não ficarei sossegada.
O chefe dele tão logo me viu foi embora. Sem notícias mesmo do meu pai e ele não parecia muito preocupado. Cifrões brilham no olhar daquele homem que só se preocupa com o bom andamento da oficina.
Um casal de velhos se senta do outro lado da sala. De mãos dadas. Eles também esperam notícias de algum ente querido.
É bom ter alguém para dividir esses momentos. Procuro os olhos de Hassan, que sorri para mim tentando passar conforto, seus longos dedos aperta as minhas mãos antes de ele levá-la aos lábios.
—Quer que eu desça e compre alguma coisa para você comer?
Eu nego:
—Não, Hassan. Obrigada.
Hassan beija