Como confiei pensando que moraríamos para sempre nos Estados Unidos? Quando ocultou sua vida?
Até agora estou tentando entender o que ele quis dizer com isso. Cheguei a perguntar para Hassan, mas ele apenas me beijou e me disse para eu não me preocupar com isso.
Afasto esses pensamentos e pego o lenço nas mãos. Mas ao invés de colocá-lo, me vem aquela preocupação com Hassan.
Ele deveria estar feliz com a paz reinante na casa: sua mãe está mais tranquila, seu pai me chamou para conhecê-lo, mas ele não parece estar vivendo um bom momento. Às vezes o observo preocupado com algo, pensativo.
Talvez não seja algo para me preocupar, a razão deve ser a doença do Sheik.
Tenho feito minha parte. Tento não passar mais inquietações para ele e sempre me faço de satisfeita com minha vida, embora eu não consiga ainda sentir aquela sensação de plenitude que tínhamos quando morávamos na Califórnia. Talvez até eu a encontrasse, se morássemos sozinhos. Penso enquanto coloco o lenço.
Não preciso dizer que o que tem me feito suplantar as dificuldades são os momentos que passo com Hassan. Dou um