O novo território se erguia entre dois vales sagrados, onde a lua parecia mais próxima e a terra pulsava com energia antiga. Um espaço neutro, mas carregado de significado — o ponto de equilíbrio entre a Matilha de Darius e a temida Matilha da Lua Negra. Um lugar onde o passado seria enterrado e o futuro, forjado.
As duas matilhas, antes inimigas ou, no mínimo, estranhas entre si, agora dividiam o mesmo ar. Os olhares ainda eram desconfiados, mas ninguém ousava questionar a união. Não quando Aurora andava entre eles com a postura de uma rainha em ascensão e Darius, ao lado dela, como o alfa forjado em batalha que sempre foi.
A cerimônia aconteceria sob a Lua Cheia. Era o tempo perfeito, o ciclo completo, o símbolo da plenitude.
Os anciãos das duas matilhas estavam reunidos, cada um com vestes cerimoniais, entalhadas com runas esquecidas. O altar era simples, feito de pedra e raízes antigas. Mas o que pairava ali não era simplicidade: era poder.
Aurora vestia branco. Não o branco puro e