A noite caiu com um peso diferente.
Não era apenas escuridão — era presságio.
Na fortaleza, todos sentiam. Os ventos mudaram de direção, os animais silenciaram. Até as sombras pareciam andar por conta própria.
O ataque viria.
Aurora caminhava pelos corredores com a postura de uma rainha em guerra. A barriga ainda marcada da gestação recente, mas a alma? Mais afiada que nunca.
Ao seu lado, Darius, o Alfa Rei, vestia a armadura de couro negro e prata. Seus olhos já estavam de lobo — prontos. Sem hesitar.
— “Eles vêm pela retaguarda,” — disse Caelum, parado no centro do salão de pedra. O menino, com apenas a capa escura nos ombros, encarava o vazio como se visse além do tempo. — “Pelo túnel esquecido. Elena vem com eles.”
Aurora trocou um olhar com Darius.
— “Como você sabe disso?” — ela perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
— “Eu... senti.” — Caelum abaixou os olhos. — “Eles gritam por dentro. As intenções deles... queimam como carvão.”
Antes que qualquer palavra fosse dita, um estron