A floresta estava em silêncio.
Um silêncio denso, quase viscoso, como se o ar estivesse retendo o fôlego do mundo. A neblina rastejava pelo solo como serpente, e cada árvore parecia um guardião adormecido, prestes a despertar em fúria.
Darius, Aurora e Caelum avançavam juntos. A presença do menino entre eles era uma decisão arriscada, mas ele tinha sido claro:
— Ela me chama. Só eu posso sentir o caminho exato.
E os pais sabiam — mais do que tudo — que negar a missão do filho seria a mesma coisa que abandoná-lo à própria sorte.
O trio seguiu para a fenda ao leste, uma abertura ancestral na terra, onde dizem que os deuses selaram algo tão antigo quanto a própria lua. Um altar de pedra negra estava parcialmente enterrado, coberto por runas que brilhavam fracas sob a luz do luar.
Caelum parou diante do altar e estendeu as mãos.
— Está... pulsando. Como um coração. — Seus olhos ficaram prateados por um instante. — Mas não é um chamado de vida. É uma fome.
Aurora segurou a mão de Darius co