A encosta norte de Oakmere era silenciosa e coberta por uma vegetação densa, entremeada por trilhas estreitas que pareciam esquecidas pelo tempo. Theo guiava com cautela o carro por uma estrada de terra que serpenteava morro acima, seguindo as instruções da senhora do correio. À medida que subiam, o ar parecia mais frio, mais denso. O vilarejo ficava cada vez mais distante, escondido entre as árvores que se fechavam atrás deles.
— Tem certeza de que é por aqui? — perguntou Eleanor, inclinando-se para olhar o caminho.
— A placa enferrujada dizia “Faerburn Hill”, lembra? E a senhora mencionou que o nome não era o real, mas Anna gostava de brincar com ele. Deve ser isso.
Depois de alguns minutos, avistaram o que parecia ser uma pequena clareira. Ali, quase engolida pela natureza, havia uma casa simples, de pedra e madeira escurecida pela umidade. As janelas estavam fechadas com tábuas e a porta parecia emperrada, mas não trancada. Um silvo do vento fazia ranger as dobradiças enferrujadas