Eu mal conseguia acreditar onde estava. O salão ao meu redor era imenso, sombrio e impregnado de um poder que fazia minha pele formigar. A luz das runas nas paredes pulsava como se estivessem vivas, acompanhando o ritmo irregular do meu coração.
O Rei das Bruxas caminhava em minha direção com uma tranquilidade irritante, o som de suas botas ecoando pelo chão de pedra.
— Não se preocupe, Stella. Em breve, tudo fará sentido.
Eu me encolhi, mas forcei minha voz a sair firme.
— Não sei do que você está falando, mas não sou o que você pensa.
Ele parou à minha frente, abaixando-se até ficar no meu nível. Seus olhos me analisaram como se procurassem algo escondido dentro de mim.
— Ah, você sabe exatamente o que é. Apenas ainda não aceitou.
Eu desviei o olhar, meu coração batendo forte. Ele não estava mentindo, mas eu não podia admitir aquilo. Não agora.
— Me deixe ir embora — pedi, tentando manter a calma.
Ele riu, um som baixo e cheio de desdém.
— Ir embora? Você acha que eles, os lobos, po