Naquela mesma noite, enquanto todos dormiam, Stella permaneceu acordada, sentada à beira da fogueira que se apagava lentamente. Algo dentro dela pulsava, uma inquietação que não podia ignorar. Ela olhou para mim, que estava a poucos metros de distância, com os olhos semicerrados, mas claramente atento.
— Luke — chamou, a voz baixa, mas carregada de seriedade.
Levantei-me e sentei ao lado dela, sentindo o peso em suas palavras antes mesmo de serem ditas.
— O que foi? — perguntei, observando sua expressão pensativa.
— Eles podem estar certos, sabia? — disse ela, quase num sussurro. — Talvez eu seja... diferente. Talvez esse apelido de Luna Bruxa não seja só uma provocação.
Franzi o cenho, estudando seu rosto. — O que você quer dizer?
Ela respirou fundo, como se estivesse organizando seus pensamentos.
— Desde que cheguei aqui, coisas aconteceram, Luke. Coisas que eu não consigo explicar. Minha intuição, minha força crescente... Até mesmo o modo como sinto o território. Pare