O estampido do tiro ainda ecoava no ar quando Maeve sentiu o mundo perder o eixo.
Não foi a dor que veio primeiro. Foi o cheiro de pólvora.
O peso de Asher desabou sobre ela.
O impacto o jogou contra o peito dela e, por um segundo, ela achou que os dois iriam cair juntos. Mas foi só ele. Ela ficou ali, de joelhos, com o corpo dele nos braços.
Ele se jogara na frente dela quando percebeu o que Elena pretendia.
Maeve sentiu algo molhado e quente tocar sua pele nua. O sangue dele molhava seu peito, suas pernas. Sujava os dedos dela. Estava por toda parte.
— Não… não, por favor, não…
Maeve pressionou a mão contra o ferimento, tentando conter o sangue que escapava depressa demais.
Asher a fitou. Parecia confuso, como se não entendesse o que aconteceu. Seu olhar mirou a mão dela sobre o ferimento e ele arfou, como se só agora tivesse sentido a dor em seu peito.
— Maeve…
— Está tudo bem, você vai ficar bem — ela disse, sem acreditar. Sentia um nó na garganta e os olhos queimarem.
Maeve ouvi