Maeve passou os olhos sobre a inscrição na primeira página do grimório mais uma vez.
“Para minha irmã, Layla. Um presente pelo nascimento de Nínive. Eis aqui todos os feitiços que criamos juntas, e também aqueles que nos foram passados por nossas ancestrais. Espero que você aprecie a nossa árvore genealógica — usei da sua magia favorita. Com amor, Morgana.”
A letra era elaborada, fruto de uma caligrafia que não se via mais nos dias de hoje.
Maeve se inclinou para a frente e inspirou o odor de ervas secas que emanava do papel. Se qualquer uma das Morwen tivesse acesso aos seus poderes, aquele livro seria valioso. Não à toa, Liliana não queria abrir mão dele. Mas era mais do que isso. Ela não queria que a filha o lesse, e isso dizia a Maeve que havia mais segredos ali do que simples feitiços.
Com a mão trêmula, ela tocou as folhas de papel grosso e virou a página.
“Feitiço para uma colheita fértil”.
“Feitiço para curar dores da alma”.
“Feitiço para um bom parto”.
Nada daquilo parecia