— Vamos casar em Paris.

Eduardo falou como se fosse a coisa mais natural do mundo. Estávamos sentados no sofá do escritório enquanto eu mostrava o projeto do arquiteto para a reforma da casa nova. Nos últimos tempos, mal tinha tempo para respirar entre as demandas das crianças e as decisões sobre a obra, a minha cabeça simplesmente não alcançava sonhos tão distantes. A festa de casamento podia esperar um momento mais calmo, quando a vida não estivesse tão acelerada.

Por isso achei que fosse brincadeira, mas o brilho nos olhos dele denunciava a seriedade. Eduardo realmente considerava casar em Paris.

— Você está falando sério? — perguntei, rindo nervosa. — Eduardo, não podemos casar em Paris.

— Por que não? — ele arqueou as sobrancelhas, confiante. — Seu sonho é aprender francês, e conhecer Paris é a oportunidade perfeita de conviver com a língua. Podemos ficar um mês ou dois no país para os preparativos do casamento.

— Eduardo, seja razoável… e as crianças? Nem todo mundo pode pagar u