Capítulo 11. Flagra
Quando me dei conta de que estava abraçando meu chefe, me afastei sem graça. Fiquei um pouco emocionada demais quando ele disse que não ia desistir dos filhos e exagerei na reação.
Eduardo me olhou de um jeito estranho por um momento, como se fosse dizer alguma coisa, mas mudou de ideia. Acho que ele também ficou sem graça, percebendo que eu havia ultrapassado um limite. Sem dizer mais nada, virou as costas e foi para o quarto no fim do corredor. Não precisava de muito para entender que ele sempre fugia quando a situação ficava complicada e aquela era sem dúvida uma situação estranha.
Ainda podia sentir o calor do corpo dele, o cheiro do perfume marcante. O que eu achava que estava fazendo? Aquele homem era um robô, além de ser grosso. E eu não podia esquecer o que aconteceu no dia da lanchonete, quando ele agiu de forma arrogante. Precisava lembrar que ele não era uma boa pessoa e nem um bom pai.
Mesmo assim pensei que eu deveria me desculpar e dizer alguma coisa, ou essa foi a desc