Capítulo 10. Dúvidas

Beatriz falava, minha mãe falava, e meu advogado falava. Todos davam uma opinião sobre o que eu deveria fazer. Quais passos seguir. Como eu deveria lutar pela guarda dos meus filhos.

Mas eu só conseguia pensar na babá.

Sofia, que chegou desesperada ao escritório, que chorou ao ouvir que talvez eu concordasse em dar a guarda para Lúcia. Eu só pensava nas lágrimas, nos seus olhos marejados, se aproximando demais, se importando demais. Não bastava ela me lembrar que eu era um péssimo pai — ela lutava pelos meus filhos mais do que eu. Trazia à tona a memória de Melissa, mencionava o nome dela quando ninguém mais o fazia perto de mim.

Eu era CEO de uma grande empresa, sucedi meu pai, que me treinou desde sempre para ocupar esse cargo e continuar evoluindo a RJ Laticínios. Eu era implacável, não tolerava erros e gostava de perfeição, sabia sem correr o risco de parecer arrogante que tinha herdado o talento do meu pai para os negócios.

Mas, desde a morte de Melissa, lidar com o lado pessoal
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