Maximus.
Fixei os meus olhos no espelho do retrovisor enquanto avaliava minha sobrinha, delicada e protegida na cadeirinha de bebê no banco traseiro, e Vitória segurando o filho.
Aquela mulher sempre foi uma ladra, um pesadelo para minha família, mas jamais deixei de reconhecer sua competência como babá. Era impossível ignorar o modo como ela embalava o filho, aninhando-o contra o peito com um carinho. Theo se mexia no colo dela, choramingando com um ruído persistente e irritante.
— O ursinho do meu filho! — Ela falou, apertando o bebê contra si. — Acho que caiu na rua quando entrei no automóvel. Por favor, volte para pegar.
Arqueei uma sobrancelha, deixando o meu cepticismo evidente.
— Aquela pelúcia já estava encardida e já deve estar toda encharcada por causa da chuva. — Repliquei asperamente.
Ver Vitória tentando acalentar o filho provocava uma pontada amarga.
— Qual é o endereço da casa do seu namorado? — indaguei, sem rodeios.
Ela hesitou e as suas mãos tremiam levemente enquant