Maximus.
Estava conversando com o meu assistente quando a vi passar com a minha sobrinha e o bebê no colo.
“Deus, como essa mulher consegue me distrair com tanta facilidade?” Eu me perguntava enquanto meu assistente falava sobre um problema na empresa em Turim.
Allegra tinha corrido para a babá sem a menor hesitação, agarrando-se a Vitória como se ela fosse sua mãe;
Minha sobrinha era uma criança birrenta e difícil. Helena havia estragado a menina com mimos e uma ausência crônica de disciplina. A garota tinha um apego a ela que eu não conseguia racionalizar ou quebrar.
Vitória, por outro lado, parecia feita para a maternidade, para aquela doce domesticidade que sempre considerei uma armadilha. Ela segurava o bebê com tanta naturalidade. Ela era uma ladra, uma mentirosa e, ainda assim, a única pessoa que acalmava Allegra.
— Deseja mais alguma coisa, senhor? — perguntou o meu assistente, que esperava pacientemente ao meu lado.
— Prepare a logística. Partiremos de volta a Turim no