Rafaella havia aceitado o pedido com um sorriso suave nos lábios, o coração ainda acelerado pelo turbilhão de acontecimentos recentes. Do outro lado da cidade, sob o céu encoberto do fim de tarde, Dominic encostava lentamente o carro na calçada. A poucos centímetros da linha de estacionamento, ele respirou fundo, as mãos ainda firmes no volante, mas o olhar perdido — tenso, sombrio, afundado na superfície fechada de um envelope que ele mantinha com cuidado no colo.
Dentro do carro, o silêncio dizia mais que mil palavras. Sr. George, sentado ao seu lado no banco dianteiro, mantinha os olhos fixos na paisagem, mas sua mandíbula levemente contraída entregava o nervosismo. Atrás, Milena apertava com carinho as pequenas mãos do menino que dormia tranquilo na cadeirinha, alheio ao significado daquele momento. Seus dedos tremiam levemente, e seus olhos, fixos em Dominic, revelavam ansiedade e esperança em medida quase igual.
Quando o carro finalmente foi desligado, o clique seco da chave eco