Lívia se deitou rindo de algo que Alana disse e disparou:
— Você é muito legal.
A babá sorriu para ela, mas, ao cruzar os olhos comigo, ficou séria, quase tensa. Anunciei que ficaria com minha filha a partir daquele momento. Ela se levantou rápido e saiu, e Regina, que estava por perto, passou por mim indo em direção à cozinha.
— Não seja tão duro com a babá. Ela está indo bem até o momento — comentou sem sequer me dar tempo de responder.
Suspirei. Talvez ela tivesse razão. Alana vinha sendo respeitosa... pelo menos nesses dois dias. Mas ainda era cedo demais para qualquer conclusão.
— Papai, senta aqui! — Lívia bateu no tapete colorido, me tirando do transe.
Ergui a sobrancelha.
— Bonecas? Você não prefere brincar de montar?
— Não. É a cidade minha e da Alana.
Suspirei e peguei a boneca que ela me estendia, tentando não parecer deslocado. Minha mão parecia enorme demais para aquele brinquedo delicado, já brinquei com ela de boneca diversas vezes, mas sempre era uma surpresa diferente