Capítulo 30. Um dia terrível
" Esse cara é um desgraçado. Olha, estou com tanta raiva que estou me tremendo aqui. Que ódio!"
Aninha escreveu uma longa lista de xingamentos fazendo meu celular vibrar sem parar, estava puta da vida quando contei o que tinha acontecido. Por ela, eu largava tudo e ia morar em São Paulo. O bom é que eu sempre podia contar com ela para tudo, pois eu sabia que Aninha me defenderia com unhas e dentes.
Sentada na sala de espera da escola de artes marciais, eu aguardava o fim da aula de caratê do Davi e do Arthur. Alice estava na aula de balé, em outra escola próxima dali. Eu achava esse arranjo meio machista da parte do Eduardo, mas não era da minha conta. Porém, se ele prestasse atenção, saberia que a Alice não gostava de balé — ela queria fazer aula de Karatê também. Arthur adorava todas as lutas, e Davi... bom, ele nunca estava muito animado nas aulas.
Fiquei o tempo todo com a cara enfiada no celular, sem coragem de encarar as pessoas à minha volta. Podia sentir olhares na minha dire